• CUANDO APRESENTA NA 26ª SESSÃO DO CONSELHO NACIONAL DA FAMÍLIA ESTRATÉGIAS PARA O FORTALECIMENTO DAS POPULAÇÕES ATRAVÉS DE INICIACTIVAS LOCAIS


    Realizou-se na última semana, na província do Zaire, a 26ª Sessão do Conselho Nacional da Família, onde foi promovido um amplo debate sobre os desafios e perspectivas para o fortalecimento das famílias angolanas, com foco nas questões sociais e económicas que afectam as comunidades.

    A província do Cuando fez-se representar por uma delegação encabeçada pelo Vice-Governador para o Sector Político, Social e Económico, André Nkula.

    Durante a sessão, o Director provincial da Acção Social, Família e Igualdade de Género, Baptista Matetela, apresentou uma comunicação em nome da administração municipal do Dirico, subordinada ao tema “Renda em Angola: Transformando Famílias através de Iniciativas Locais”.

    Durante a apresentação, Baptista Matetela destacou os desafios socioeconómicos enfrentados pelo município, marcado por isolamento geográfico, falta de infra-estruturas , acesso limitado à formação e ao emprego formal.

    Destacou que, apesar das dificuldades, têm realizado acções locais promovidas pela administração e organizações, voltadas para o fortalecimento económico das famílias.

    Tais acções incluem programas de capacitação profissional, apoio ao empreendedorismo, fomento da agricultura familiar e a criação de cooperativas de produção.

    “Essas iniciativas não apenas geram renda, mas também promovem a autoestima, a inclusão social e criam novas perspectivas para o futuro das comunidades”, frisou.

    Foi ainda sublinhada a importância da capacitação técnica, sobretudo entre jovens e mulheres, frequentemente excluídos do sistema produtivo.

    O responsável defendeu a criação de centros de formação profissional com cursos práticos adaptados ao contexto local, nas áreas de agricultura sustentável, carpintaria, mecânica, electricidade, costura, transformação de alimentos, empreendedorismo e finanças pessoais.

    Sugeriu medidas para desburocratizar a legalização de pequenas cooperativas e grupos solidários, facilitando assim o acesso a créditos e apoio institucional, que podem impulsionar o desenvolvimento de actividades económicas sustentáveis.

    “A melhor forma de quebrar o ciclo da pobreza nas famílias vulneráveis é através da capacitação dos seus jovens e da sua inserção dando-lhes oportunidades de trabalho”, concluiu.